O primeiro “Festival de Conversas” Rock in Rio Humanorama está prestes a entrar no último dia de debates e partilha de conhecimento e ideias. Os primeiros três dias traduziram-se em cerca de 60 horas de conversas animadas, que abriram mentes e horizontes mas, acima de tudo, puseram os participantes a refletir no futuro da nossa sociedade, da nossa humanidade. No último dia o destaque vai para a presença de Agir, Kamila Camilo, Ana Sepúlveda e Fábio Porchat.
No palco “Nós”, às 14h20, Agir, Catarina Palma e Amanda Carvalho vão falar sobre a “Importância da música para a saúde mental”. A música fica enraizada nas estruturas cerebrais primitivas envolvidas na motivação, recompensa e emoção. Mais do que qualquer outro estímulo, a música tem a capacidade de evocar imagens e sentimentos que não precisam necessariamente de ser refletidos diretamente na memória. Isso quer dizer que não é necessário ter passado por uma desilusão amorosa para se sentir triste ao ouvir uma canção sobre coração partido. O músico português Agir lançou, em plena pandemia, uma nova canção chamada “ALMA” que é tão bonita quanto o seu propósito. Todas as verbas geradas pela música ALMA vão ser entregues à SOS Voz Amiga que ajuda jovens com problemas de saúde mental. Neste caso, ouvir e comprar uma canção pode mesmo mudar uma vida.
Fábio Porchat, Edu Lyra e Luiza Helena Trajano sobem ao palco “Somos” às 14h20 para falarem sobre “Começando pela porta dos fundos”. Não importa como, mas sim para quê. Se queremos gerar impacto positivo no mundo, temos de começar por algum lugar, partilhar os nossos sonhos com o universo e juntarmo-nos a quem aparecer pelo caminho. Em tempos de sucesso instantâneo, quantias milionárias e medo do fracasso, muita gente nem arrisca tentar. O erro deve ser encarado como um momento de aprendizagem e acreditar que o sucesso muitas vezes vem da disrupção e, justamente nesse espaço, abre-se o caminho para muita gente. Arte, humor, inclusão social, negócios, não importa o tema, vale a força motriz, a coragem e energia para começar e não desistir facilmente.
Às 15h05, no palco “Sou”, Murilo Salviano, Ana Sepúlveda e Sonia Gonçalves falam sobre “Diferentes gerações que trabalham juntas”. Vivemos hoje uma revolução da longevidade e seus impactos já estão a ser vividos em vários setores da sociedade. Se estamos confusos a que geração pertencemos, a geração x, y ou z, não estamos sozinho. A ideia de geração é controversa e os conceitos que a definem estão em xeque. Universitários sessentões, filósofos de aparelhos nos dentes, jornalistas políticos nos seus vinte anos. Neste novo mundo o que já se sabe é que não há espaço para rótulos.
No palco “Nós”, às 15h05, Marta Leite Castro, Carolina Salgueiro, Mari Olivetti falam sobre como “O mundo precisa do poder feminino”. Quando as mulheres se consciencializam e reivindicarem os direitos, ganham uma maior autoestima e percebem o poder que têm na determinação das suas próprias escolhas, e ao mesmo tempo influenciar a mudança social para si mesmas e para os outros. Liberdade, igualdade, representatividade, são palavras que definem o que é o poder feminino.
Às 17h20, no palco “Sou”, Catarina Oliveira, Diogo Varandas e Kamila Camilo, conversam sobre “Afetar vem de afeto”. Somos seres racionais, mas somos acima de tudo seres afetivos. Falamos no afeto no seu sentido mais amplo, não somente de carinho, mas como aquilo que afeta, move a alma, provoca desejo. Apesar de vivermos num tempo de extrema exposição do “eu”, temos pouco tempo para refletir sobre o que realmente nos afeta. A capacidade de afetar e ser afetado é o que nos torna humanos e capazes de nos transformarmos. O afeto é também a escuta, ouvir outras realidades e deixar-se afetar por elas e, com isso, seguir para outras lutas.
Ao longo do dia o Rock in Rio Humanorama vai também ter alguns workshops que pretendem ajudar a colocar em prática o que é abordado nas conversas. Entre as sessões dia 17 de setembro destacamos às 14h20 “Liderança contraintuitiva” com Felipe Anghiononi e às 16h30 “Revolução Humana – Um manifesto pela Humanidade”, com Jean Sigel. A programação completa dos workshops pode ser consultada aqui.
No último dia do Rock in Rio Humanorama, a happy hour, 19h00 às 19h30, será da responsabilidade de Simone Mazzer. Simone Mazzer é música para ouvir, para divertir, para transformar, para sorrir, para seguir, para dançar, para cantar. Simone Mazzer é cantora e atriz. O trabalho é livre de preconceitos, arrojado, corajoso, atrevido, fala também de corpos excluídos, fora dos padrões, invisíveis, silenciados, agredidos, humilhados, feridos, abandonados, violentados.
As inscrições continuam abertas em rockinriohumanorama.com, assim como toda a programação do festival. Prepare-se para este “festival de conversas” e acompanhe todas as novidades no Instagram, Facebook e Linkedin do Rock in Rio Humanorama.
Podem consultar mais informação acerca do programa aqui: www.rockinriohumanorama.com