Lisboa, 30 de setembro de 2024: A CAPITI – Associação Portuguesa para o Desenvolvimento Infantil – vai organizar, em Lisboa, no próximo dia 10 de outubro – data em que se assinala o Dia Mundial da Saúde Mental – mais uma edição do leilão solidário de arte contemporânea “CAPITI Art Mind”, iniciativa que, pelo 8º ano consecutivo, visa a angariação de fundos cuja receita reverte, na totalidade, para apoiar crianças e jovens de famílias carenciadas com problemas do desenvolvimento e do comportamento.
A iniciativa, que coloca a arte ao serviço da Saúde Mental, conta este ano com a colaboração de 40 artistas contemporâneos, consagrados e emergentes, que generosamente doaram as suas obras para integrar a 8ª Edição da exposição e do leilão solidário de arte contemporânea “CAPITI Art Mind”.
São vários os artistas que aderiram à causa solidária e, entre eles, contam-se nomes bem conhecidos no mundo artístico – Adriana Molder, Alexandre Camarao, Ana Cardoso, Ana Guedes, Bernardo Simões Correia, Catarina Dias, Constança Arouca, Diogo Navarro, Francisca Carvalho, Gil Heitor Cortesão, Inês D'Orey, Joana Villaverde, João Fonte Santa, João Jacinto, João Paulo Serafim, Jorge Molder, José Maçãs de Carvalho, Luís Alegre, Luís Coquenão, Manuel Caldeira, Maria Ana Vasco Costa, Maria Condado, Nuno Nunes-Ferreira, Patrícia Garrido, Paulo Lisboa, Pedro Batista, Pedro Calapez, Pedro Quintas, Pedro Vaz e Sara Peres.
No âmbito da iniciativa, e à semelhança do ano passado, a CAPITI desafiou artistas a doarem uma obra, via Instagram, que foi avaliada posteriormente por um júri – João Pinharanda, Diretor Artístico do MAAT, Sebastião Pinto Ribeiro, CFO do Palácio do Correio Velho, e Mariana Saraiva, Presidente da CAPITI – que selecionou 10 obras que irão integrar a 8ª Edição da exposição e do leilão solidário de arte contemporânea “CAPITI Art Mind”. No seguimento deste desafio, foram selecionadas 10 obras dos seguintes artistas emergentes – AleXa (Alexandra da Silva), Fátima Lopo de Carvalho, Filipe Condado, João Maria Noronha Neves, Luz Espírito Santo, Madalena Cassiano Neves, Madalena Santos, Sofia Adão da Fonseca, Sofia Leitão e Teresa Almeida Rocha.
O evento solidário, que já faz parte da agenda cultural da cidade de Lisboa, vai ter lugar no MAAT Central (Sala dos Condensadores), entre as 12h00 e as 19h00, no dia 10 de outubro, no qual será possível ver todas as obras expostas e participar no leilão live online. A partir de amanhã, 1 de outubro, será possível licitar as obras no site do Palácio do Correio Velho em www.pcv.pt. O encerramento do leilão será feito dia 10 de outubro, pelas 21h30, e a licitação deve ser feita, também, em www.pcv.pt. Em 2023, a iniciativa permitiu a angariação de 51.860 euros com a venda de 27 peças de arte, o que permitiu à CAPITI ajudar a garantir o tratamento anual de 51 crianças e jovens de famílias carenciadas, com perturbações do desenvolvimento e do comportamento.
478 crianças e jovens apoiados e mais de 16 mil atos clínicos realizados
Fundada em 2017, a CAPITI vive de doações e já apoiou, até ao momento, um total de 449 crianças e jovens, através das 10 clínicas parceiras a nível nacional, tornando possível a realização de mais de 16.500 atos clínicos que englobam consultas com médicos, psicólogos e outros técnicos, e avaliações para diagnóstico.
Graças às parcerias estabelecidas com 10 clínicas em 13 cidades do país, a CAPITI conseguiu, em 2023, que 170 crianças e jovens fossem acompanhados de forma regular, sendo que mais de metade destas crianças e jovens residem fora do distrito de Lisboa. Outro dado importante é que quase 70% dos casos em acompanhamento de crianças e jovens pertencem aos escalões 0 e 1, ou seja, são provenientes de famílias com maiores dificuldades financeiras, onde a CAPITI apoia 90% ou 70% das suas consultas.
Face ao contexto da pandemia e da guerra na Europa, a CAPITI teve de se adaptar e reinventar para assegurar, por um lado, a continuidade do acompanhamento das crianças e jovens, e por outro a possibilidade de acolher as novas famílias que precisam do seu apoio. Mariana Saraiva, presidente da CAPITI, refere que “perante o difícil contexto que vivemos em Portugal, fazemos os possíveis para apoiar o maior número de famílias, graças aos donativos de entidades privadas que tudo fazem para nos ajudar a cumprir com a nossa missão, que passa por promover o crescimento saudável e a autonomia de crianças e de jovens carenciados, com perturbações do desenvolvimento e do comportamento, através de acompanhamento médico e terapêutico de excelência”.
Mais informações sobre a CAPITI disponíveis em https://capiti.pt
De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), uma em cada cinco crianças pode apresentar Perturbações de desenvolvimento, como é o caso de Dificuldades na Aprendizagem, Perturbação de Hiperatividade e Défice de Atenção, Perturbação do Espectro do Autismo, Atraso no Desenvolvimento, entre outras.
20% das crianças e adolescentes têm, pelo menos, uma perturbação mental. Em Portugal, quase 31% dos jovens têm sintomas depressivos, a maioria moderados ou graves. Os psicólogos dizem que estes números são preocupantes e os sinais de alerta nem sempre são fáceis de identificar nas crianças.
Em Portugal, é entre a faixa etária dos 5 aos 14 anos que as perturbações mentais e comportamentais maior peso exerce na qualidade de vida das crianças e jovens.
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